Eu moro na
maior cidade do país, mas ultimamente tem sido melhor não sair de casa.
Eu moro na cidade que tem o 4º maior PIB do mundo, mas aqui
se mata por 20 reais, ou por nada mesmo.
Eu moro na cidade com a maior frota de helicópteros do mundo,
mas no chão, o transito não me deixa sair do lugar.
A cidade que nunca dorme hoje faz com que os pais, filhos, e
avós também não durmam.
Hoje é necessário que quem mora aqui, tenha medo. O
valentão aqui não consegue chegar até a esquina.
Existe algo mais paulistano do que sentar num bar no fim da tarde e pedir um chopp?! Pois é, não dá mais!
O seguro agora é o shopping, o seguro é você virar um babaca de internet, fazendo compras e sexo virtual para não correr riscos.
Eu amo a minha cidade, tenho um bruta orgulho de ter nascido e crescido aqui, mas eu queria que meus filhos pudessem dizer o mesmo.
Saudade dos tempos nos bares de calçada, onde a minha preocupação era se meu copo estava vazio e não onde estava a minha bolsa.
São Paulo vai perder muito da sua cultura assim, vai perder as filosofias de boteco, os amigos de boteco, isso sem contar a perda inestimável das comidas de boteco.
Tudo bem, quem sabe inventem o delivery do frango a passarinho...
E ficaremos aqui, com uma cota de imbecis de Hollister, com o Nike no pé quem sabe dizendo "Meo, você viu esse aplicativo do Iphone?!"
Uma outra cota ficará nos faróis, nos pedintes, nos batedores de carteira. Aqueles que não são maus o suficiente para causar medo, nem bons o suficiente para conseguir um emprego, na maioria cidadãos de uma outra cidade chamada cracolândia.
E por último a parcela que se espreme no transporte coletivo insuportavelmente lotado nos horários de pico, aquela parcela da população que demora 2 horas pra chegar no trabalho, ganha um salário mínimo, chega em casa tarde e sai cedo pro trabalho.
Existe algo mais paulistano do que sentar num bar no fim da tarde e pedir um chopp?! Pois é, não dá mais!
O seguro agora é o shopping, o seguro é você virar um babaca de internet, fazendo compras e sexo virtual para não correr riscos.
Eu amo a minha cidade, tenho um bruta orgulho de ter nascido e crescido aqui, mas eu queria que meus filhos pudessem dizer o mesmo.
Saudade dos tempos nos bares de calçada, onde a minha preocupação era se meu copo estava vazio e não onde estava a minha bolsa.
São Paulo vai perder muito da sua cultura assim, vai perder as filosofias de boteco, os amigos de boteco, isso sem contar a perda inestimável das comidas de boteco.
Tudo bem, quem sabe inventem o delivery do frango a passarinho...
E ficaremos aqui, com uma cota de imbecis de Hollister, com o Nike no pé quem sabe dizendo "Meo, você viu esse aplicativo do Iphone?!"
Uma outra cota ficará nos faróis, nos pedintes, nos batedores de carteira. Aqueles que não são maus o suficiente para causar medo, nem bons o suficiente para conseguir um emprego, na maioria cidadãos de uma outra cidade chamada cracolândia.
E por último a parcela que se espreme no transporte coletivo insuportavelmente lotado nos horários de pico, aquela parcela da população que demora 2 horas pra chegar no trabalho, ganha um salário mínimo, chega em casa tarde e sai cedo pro trabalho.
Quando não pudermos mais, que a fé nos ajude, mas quando o mundo pesa, não vai ser de reza que você vai viver.
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